Short Story: We need a revolution

BY / POR FELIPPE CANALE

People have never felt as lonely as they do now. Most of us are depressed, anxious or searching for a meaning in life — one outside the trapped cycle of working, studying, paying bills and seeking validation on social media.

We try to keep our sanity by using either prescription drugs or the illegal variety.  We all know someone (or we are ourselves) addicted to sugar or cocaine. We practice yoga, meditation and functional workouts. We take melatonin to sleep and drink coffee to wake up. We try veganism, dating apps, new TV series and low-carb diets. In the same week that the government approves more agrochemicals to be used on crops, we eat fast-food, consume chocolate as antidepressant and alcohol to alleviate angst. Our friends no longer understand us: have we really changed the way we think or do we just need new friends? Nobody seems very interesting. Or perhaps we aren’t that interesting ourselves.

The destruction of the Amazon rainforest has intensified exponentially, bees are  dying, the greenhouse effect is getting worse, the icecaps are melting and there  is a proliferation of fake news and hate speech disguised as freedom of expression. We feel numb when we read in the newspapers that social inequality is increasing, while banks turn bigger profits year after year.  

In the meantime, the Truman Show is no longer a fiction. Our mobile phones and computers are listening and recording our conversations. Our data is being sold  and our faces are being virtually mapped for facial recognition by government,  a Big Brother we never signed up for

What is clear is that the current social and political systems are apocalyptic. We were promised a future with flying cars, teleportation, time travel, medical advances, contact with extraterrestrials, development of artificial intelligence and, consecutively, the evolution of human species. However, we have miserably failed.  I don’t want to appear pessimistic, but without mental health and with the destruction of nature, we are all screwed. Perhaps “the revolution will not be televised”, but it needs to happen as quickly as possible. If we don’t look after the present, there will be no future. The alarm is sounding, wake up, this is not a drill. We need a revolution.


Precisamos de uma revolução

As pessoas nunca se sentiram tão solitárias como se sentem atualmente. Estamos quase todos depressivos, ansiosos ou em busca de um sentido para a vida. Um que não seja o ciclo aprisionante de trabalhar, estudar, pagar  as contas e receber validação nas redes sociais.

Tentamos manter a sanidade usando drogas sob prescrição médica ou as consideradas ilegais. Todo mundo conhece alguém (ou é) viciado em açúcar ou cocaína. Praticamos yoga, meditação, treinos funcionais. Usamos melatonina para dormir, e café para acordar. Tentamos o veganismo, apps de relacionamento, novas séries na TV e dietas low-carb. Na mesma semana em que o governo libera mais agrotóxicos nos alimentos, comemos fast-food, usamos chocolate como antidepressivo e álcool para aliviar. Nossos amigos já não nos compreendem como antes: é possível que nosso jeito de pensar tenha mudado, ou simplesmente precisamos fazer novos amigos. Ninguém parece ser interessante. Ou, talvez, a gente é que não seja tão interessante. 

A destruição da floresta Amazônica tem se intensificado desesperadamente, as abelhas estão morrendo, o efeito estufa está aumentando, as geleiras derretendo, e há uma intensa proliferação de fake news e discurso de ódio disfarçado de liberdade de expressão. Estamos anestesiados lendo nos jornais que a desigualdade social está aumentando, enquanto os bancos lucram mais a cada ano.

Enquanto isso, o Show de Truman não é mais ficção. Nossos celulares e computadores estão ouvindo e gravando as nossas conversas. Nossos dados estão sendo vendidos, e os nossos rostos virtualmente mapeados para reconhecimento facial do governo, um Big Brother para o qual não nos inscrevemos.  

O que fica evidente é que o atual sistema social e político são apocalípticos. Nos foi prometido um futuro com carros voadores, teletransporte, viagem no tempo, avanço na medicina, contato com extraterrestres, desenvolvimento de inteligência artificial e, consecutivamente, a evolução da espécie humana. Porém, falhamos miseravelmente. Não quero parecer pessimista, mas sem saúde mental e com a destruição da natureza, estamos todos fodidos. Talvez “a revolução não será televisionada”, mas ela precisa acontecer o mais rápido possível. Se não cuidarmos do presente, não haverá futuro. O alarme está soando, acorde, isso não é uma simulação. Precisamos de uma revolução.

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