Interview: The role of the big players

POR CAROLINA VASONE

As one of the world’s leading fashion retail networks, C&A is a reference in sustainability and has driven significant change in the fashion industry

Founded 178 years ago by two Dutch brothers, the company is today an example of a brand that combines symbolic gestures with more sustainable practices to make fashion with a positive impact.... Or as they say in America, it “walks the talk”. “Brands that are talking too much and doing too little won’t have space in the future. We invest in circular fashion because we have an opportunity to move away from the current ‘take, make, waste’ model to a circular approach where nothing is wasted when creating or disposing clothing” says Jeffrey Hogue, chief sustainability officer of C&A Global. On the practical side, the company that operates in 21 countries and has nearly 2,000 stores – of which more than 280 are in Brazil – puts its money where its mouth is. Suffice to say that, for six years, it has been the world’s largest purchaser of organic cotton. Last year, 71% of the cotton used globally by C&A was more sustainable (certified organic or acquired  as Better Cotton, certified by the Better Cotton Initiative (BCI), a Geneva-based non-profit organization that works to improve world cotton production for producers and for the sector). Of this percentage, 38% was certified organic. “Our goal is to use 100% more sustainable cotton in our collections until 2020,” says Hogue.  

The choice to invest in more sustainable cotton makes sense from the perspective of the circular economy, considering that more than half the company’s products (57%) are made of cotton. The impact, therefore, is enormous, with millions of pieces manufactured each year using 91% less than the 2,700 liters of drinking water it takes to make a single white t-shirt and emitting 46% less carbon1. The lower use of pesticides on the plantations directly improves the health of the environment and of workers, and represents a commitment to sustainable agriculture by promoting decent working conditions for farmers. 

Winner in the Fashion for Large Companies category of the 2018 Ecoera Award, one of Brazil’s leading sustainability awards, C&A took a step further and offered its customers a product designed holistically: products designed to be recycled and made with more sustainable cotton in a socially sustainable manner that respects nature. Considered the most sustainable products anywhere in the world, they have been certified Gold by Cradle to Cradle™ since they were conceived with a focus on nature, using biological nutrients as raw materials, and were created to be reused, recycled or composted. “To be sustainable is not only about producing less clothes, or producing clothes at a slower pace than actual fashion market does. We believe in circular fashion.  In a circular model, products are designed and developed with their next use in mind. It means that they are produced with pure materials, using safe chemicals. Fibers can be reclaimed at the end of the garment’s use to be reused or recycled into new clothing or other products – or safely returned to nature through composting. Social fairness, including safeguarding health and safety and fair labour, water stewardship, and the use of renewable energy, are also an integral part of the circular model” says Hogue. And he adds: “We want to bring more sustainable fashion to the mainstream and create a future in which sustainable apparel is no longer the alternative, but the norm.”

¹Data available in C&A’s Global Sustainability Report 2018:  bit.ly/2nEgiEo


O papel dos grandes

Uma das mais importantes redes de varejo de moda do mundo, a C&A é referência em sustentabilidade e gera mudanças significativas no setor da moda

Fundada há 178 anos por uma dupla de irmãos holandeses, a marca centenária é hoje exemplo de empresa que une gestos simbólicos a práticas mais sustentáveis para uma moda com impacto positivo.... Ou como diriam os americanos, que “walks the talk”. “Marcas que estão falando demais e fazendo de menos não terão espaço no futuro. Investimos na moda circular pois nos dá a oportunidade de nos afastarmos do modelo atual de ‘extrair-produzir-descartar’ para uma abordagem em que nada é desperdiçado na criação ou descarte de roupas”, diz Jeffrey Hogue, diretor global de sustentabilidade da C&A. No campo prático, a empresa, presente em 21 países, com cerca de 2 mil lojas, sendo mais de 280 delas no Brasil, tem o que mostrar. Basta dizer que é, há seis anos, a maior compradora de algodão orgânico do mundo. No ano passado,71% do algodão utilizado globalmente pela C&A era mais sustentável (certificado orgânico ou adquirido como Better Cotton, fruto da Better Cotton Initiative (BCI), uma organização sem fins lucrativos com sede em Genebra, que atua para melhorar a produção mundial do algodão para aqueles que o produzem e para o setor). Dentro desta porcentagem, 38% era orgânico certificado.”Nosso objetivo é usar 100% de algodão mais sustentável em nossas coleções até 2020“, afirma Jeffrey.

A escolha por investir no algodão mais sustentável faz sentido dentro da mentalidade da economia circular, considerando que mais da metade dos produtos da empresa (57%) é feita de algodão. Assim, o impacto é enorme, com milhões de peças fabricadas por ano que consumirão 91% a menos dos 2700 litros de água potável necessários para confeccionar uma única camiseta branca, e emitirão 46% menos de carbono1. O menor uso de pesticidas nas plantações melhora diretamente a saúde do meio ambiente e dos trabalhadores, assim como o compromisso da cultura sustentável em promover condições de trabalho dignas para os agricultores.

Ganhadora na categoria Moda para Grandes Empresas da edição 2018 do prêmio Ecoera, um dos principais da área de sustentabilidade do Brasil, a C&A deu um passo adiante e ofereceu a seus clientes um produto desenhado de forma holística: produtos desenhados para serem reciclados, produzidos com algodão mais sustentável, de forma socialmente responsável, respeitando a natureza. Considerados os produtos mais sustentáveis do mundo, possuem a certificação nível Gold da Cradle to Cradle™ por serem concebidos com foco na natureza, usando matérias-primas consideradas nutrientes biológicos, criados para serem reutilizados, reciclados, ou são compostáveis. “Ser sustentável não significa apenas produzir menos roupas ou produzir roupas a um ritmo mais lento em relação ao padrão do mercado da moda. Acreditamos na moda circular, em que os produtos são projetados e desenvolvidos com o próximo uso em mente. Isso significa que as peças são confeccionadas com materiais puros, usando produtos químicos seguros. As fibras podem ser recuperadas no final do uso da peça, sendo reutilizadas ou recicladas em roupas novas ou outros produtos – ou devolvidas com segurança em relação à natureza por meio de compostagem. Justiça social, incluindo garantir saúde, segurança e trabalho justo, administração da água e uso de energia renovável, também fazem parte do modelo circular”, lembra Jeffrey. E completa: “Queremos fazer com que a moda mais sustentável se torne mainstream, e criar um futuro no qual roupas sustentáveis sejam comuns e não uma alternativa diferenciada.”

 ¹Dados disponíveis no Relatório Global de Sustentabilidade 2018  da C&A: bit.ly/2nEgiEo

Previous
Previous

Questions for: Fe Cortez

Next
Next

Questions for: Barbara Soalheiro