Questions for: Barbara Soalheiro

BY / POR CAROLINA VASONE

In 2012, journalist and former editorial director at Brazilian Capricho magazine and Italian Colors magazine, Barbara created Mesa (called Mesa & Cadeira until last year), a project that brings together specialists from different fields to, over a 5-day period, find the solution to a problem that could be anything, from a rainbow for an artist to a prototype for a new product for a multinational cosmetics manufacturer.

How would you best define what Mesa does?

Mesa is a way of working designed to solve complex problems, unlocking human potential so more can be done better and faster. When people connect and fall in love with the work, they relate in such a pleasurable way that they manage to arrive at a solution.  They turn the brain key from criticism to action.  

What factors do you consider when selecting the professionals that compose a project’s team?

We need professionals that are doers, folks on the front line at companies or their own projects, people who have learned from their mistakes. Mesa isn’t an exercise, it’s a decision making space. People who aren’t used to being on the front lines have less practice in making decisions, and this has enormous impact.  

Where do you renew your perspective?

I’m an avid fiction reader —  I read it almost exclusively. I’ve also listened to many audiobooks, like James Salter’s A Sport and a Pastime. In print, I’m reading  Quando Fronteira (Patuá publishing), by my friend and poet Cândida Almeida. I have three small children, aged two, four and six, and seeing them discover the world renews me a lot. At Mesa,  I sit down every week with people from different universes who are in love with what they do. I also learn much. 

Who are your main female influencers?

Maria Popova, who owns the blog brainpickings.org, is my idol. She may be the very best person doing a curatorship of life. She has this mix of passions for science and poetry, two things that are very important to me. And there are two other prominent women who I look at and say to myself, “I want to be like them when I grow up”. Cindy Gallop is a titan of advertising, but I met her as an entrepreneur, through her site makelovenotporn.com, which works to change the way women look at sex. Then last year I met Esther Perel and we became friends. She is a psychotherapist (well-known for her work with relationships, she has a podcast called Where Should We Begin) and helps me navigate my choices as a professional and a mother.

Has there been a surprising solution that came about from Mesa that you could share with us?

In 2015 we did a Mesa with Dutch artist Berndnaut Smilde. His thing is reproducing natural phenomena in an artificial way. He’d been trying to create a rainbow for three years. We did it in five days. I like this example because it clearly proves what Mesa is. We aren’t about creating an idea, but rather about delivering a solution.

How do you see Mesa’s future?

Last March we began the process of teaching people how to do Mesa: we opened the method up to the public. We created an online teaching platform called mesa.school [in English, where the course can be purchased for US$ 189]. We are also creating an app and holding Leader Session, which are inperson events for teaching how to apply the concept. We want to be owners less and less of the time, and help people resolve their own problems more and more.


A jornalista, ex-diretora de redação da revista  Capricho e da italiana Colors, criou em 2012 a Mesa  (até o ano passado, Mesa & Cadeira), um projeto que reúne especialistas com diferentes repertórios para, em cinco dias, encontrarem a solução para um problema, que pode variar de um arco-íris para um artista a um protótipo de um novo produto de uma multinacional de cosméticos.

 Qual é a melhor definição para o que a Mesa faz?

A Mesa é um esquema de trabalho desenhado para resolver problemas complexos, destravando o potencial humano para executar mais, melhor e mais rápido. Quando as pessoas se conectam e se apaixonam pelo trabalho, se relacionam de um jeito tão prazeroso que conseguem chegar à solução. Elas mudam a chave do cérebro da crítica para a ação.  

O que você leva em conta para escolher cada profissional que compõe o time de um projeto?

Precisamos de profissionais fazedores, gente que está na linha de frente de empresas ou projetos próprios, que aprendeu errando. A Mesa não é um exercício, é um espaço de tomada de decisões. Pessoas não acostumadas a estarem na linha de frente têm menos prática em tomar decisões, e isso tem um impacto enorme.  

Onde você renova seu olhar?

Sou ávida leitora de ficção, não leio quase nada de não ficção. Tenho ouvido muitos audiobooks também, caso do A Sport and a Pastime, do escritor americano James Salter.  No papel, estou lendo Quando Fronteira (ed. Patuá), da minha amiga e poeta Cândida Almeida. Sou mãe de três crianças pequenas (seis, quatro e dois anos), e vê-las descobrindo o mundo me renova muito. Na Mesa, estou sentada a cada semana com gente de universos diferentes, apaixonada pelo que faz. Também aprendo muito.  

Quem são suas principais influências femininas?

A Maria Popova, do blog brainpickings.org, é minha ídola, talvez a pessoa que melhor faz uma curadoria da vida. Ela tem essa mistura de paixões por ciência e poesia, duas coisas muito importantes para mim. E tem duas mulheres referência, para quem olho e penso: quero ser assim quando crescer. A Cindy Gallop é uma titã da publicidade, mas a conheci como empreendedora, com o seu makelovenotporn.com, site que quer mudar a maneira como as mulheres encaram o sexo. Já a Esther Perel conheci no ano passado, e ficamos amigas. Ela é psicoterapeuta (referência em terapia de relacionamentos, tem um podcast chamado Where Should We Begin), e me ajuda a navegar nas escolhas de uma mãe profissional.  

Há alguma solução surpreendente que você possa dividir, surgida de uma Mesa?

Em 2015 fizemos uma Mesa com o artista holandês Berndnaut Smilde. A viagem dele é reproduzir fenômenos naturais de forma artificial. Havia três anos que ele tentava criar um arco-íris. Conseguimos em cinco dias. Gosto muito desse exemplo porque prova claramente o que é a Mesa. A gente não é sobre criar uma ideia, mas sobre entregar uma solução.

 Qual o futuro que você imagina para a Mesa?

A gente começou um processo, em março passado, de ensinar a fazer a Mesa: abrimos  o método para o público. Criamos uma plataforma de ensino online, a mesa.school [toda em inglês, onde se pode comprar o curso por US$ 189]. Estamos criando também um aplicativo e fazendo o Leader Session, sessões presenciais para ensinar a aplicar o conceito. Queremos cada vez menos ser proprietários, e cada vez mais ajudar as pessoas a resolverem seus próprios problemas.

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