Questions for: Johanna Jaskowska

BY / POR MARIANA LOURENÇO

The visual artist is the genius behind Beauty 3000, an Instagram filter with a plastic effect that went viral and became the favorite among influencers and artists. Passionate about technology and sci-fi movies, Johanna sees filters as digital accessories, and hopes in the future we will have well-designed augmented reality glasses so we can wear them in our daily lives.

How would you describe your art?

I’m a digital creative and I’ve been doing visual art for a long time. My first work that went viral was my website, it was an underwater portfolio where you could move around like a video game. I like to explore the unconventional and conceptual so I started to make effects. This led me to the idea that Augmented Reality can be a digital accessory, something that augments yourself just like fashion. From light experimentation,  I started to play with a plastic look. The Beauty 3000 was simply  the process of exaggerating the plastic effect.

 Where did you learn about technology?

I studied visual communication and multimedia in Paris but, more than that, I’ve always been interested in new technology, I’m a nerd! I played a lot of video games, I love the web, net art, interactive installations, so I learned everything by myself on the internet. All technical language has a logical background process, if you understand how the technology works you can mix one little thing with another little thing and merge them together.  

Do you believe our perception of beauty is changing because of AR and Instagram filters?

I see it more as a fashion accessory, at least in my work. I like to explore things that can’t be possible in real life, that is what I found most interesting in AR. It is a whole new range of design exploration, like having a dress that looks like water, or sunglasses that can float in front of your eyes, it’s bringing a whole new dimension of what a digital accessory is, and how we can dress ourselves up in different ways with digital.

 Can you share with us a special project you did recently?

When I did the digital dress project with Dapper Labs and The Fabricant, that was something refreshing for me. Selling a digital dress in auction, on a blockchain, which someone can buy and own, it explores a lot of interesting topics that the future is aspiring to.  

Will digital clothes be more common in the future?

In the near future there’s going to be more and more VR, the avatar will have to be dressed, and you will have to own clothes and accessories. Younger people are already integrating this concept with video games like Fortnite, where your character has to buy a skin in order to be accepted by the community. 

How do you imagine the future?

I imagine we will all wear this augmented reality glasses, but first we need to make the AR glasses accessible to the world and also a good design for them. We need the fashion aspect, because right now all of them are so bad, they are not fashionable, very tech nerdy, nobody would wear them! If they had a nice shape, people would not feel ashamed to wear them on the streets. Once we achieve this, it is like a whole new dimension. I think the final goal is to not have a phone anymore.  I also wish that one day we would only wear bodysuits augmented with digital fashion.

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A artista visual é o gênio por trás do Beauty 3000, filtro do Instagram com efeito plástico que viralizou e se tornou o favorito entre influenciadores e artistas. Apaixonada por tecnologia e filmes de ficção científica, Johanna vê os f iltros como acessórios digitais, e espera que no futuro os óculos de realidade aumentada tenham um design mais interessante para podermos usá-los no dia a dia.

Como você define sua arte?

Sou uma criativa digital e trabalho com arte visual há um bom tempo. Meu primeiro trabalho a viralizar foi meu site, um portfólio submarino no qual você podia se mover como num videogame. Gosto de explorar o não convencional e o conceitual, então comecei a criar efeitos. Isso me levou à ideia de que a realidade aumentada poderia ser um acessório digital, algo parecido com a moda. Depois de experiências com luzes, comecei a brincar com looks plásticos. O Beauty 3000 nasceu simplesmente como um exercício de exagerar esse efeito plástico.  

Como você aprendeu a lidar com tecnologia?

Estudei comunicação visual e multimídia em Paris, porém, mais do que isso, sempre fui interessada em novas tecnologias. Sou uma nerd! Joguei muito videogame, adoro a web, a net art, instalações interativas, então aprendi tudo sozinha na internet. Toda linguagem técnica tem um processo lógico por trás. Se você entende como a tecnologia funciona, consegue misturar uma coisinha aqui, uma coisinha ali e fundir isso tudo.  

Você acha que nossa percepção de beleza está mudando por causa da realidade aumentada e os filtros do Instagram?

Vejo isso mais como um acessório de moda. Eu gosto de explorar coisas que não são possíveis na vida real, pois é isso o que considero mais interessante na realidade aumentada. É toda uma nova gama de exploração do design, como ter um vestido que parece água ou óculos de sol que podem flutuar sobre seu rosto. Isso traz uma nova dimensão sobre o que é um acessório digital e como podemos nos vestir de diferentes maneiras digitalmente.  

Qual projeto especial você fez recentemente?

Quando eu fiz o projeto do vestido digital com a Dapper Labs e a The Fabricant, foi algo renovador para mim. Vender um vestido digital em um leilão, numa blockchain, e alguém poder comprá-lo e possuí-lo, explora muitos tópicos interessantes que o futuro pede.  

Você acredita que as roupas digitais serão mais comuns no futuro? 

No futuro próximo haverá cada vez mais realidade virtual, o avatar deverá ser vestido e você precisará ter suas próprias roupas e acessórios. Os mais jovens já estão integrados a esse conceito com games como o Fortnite, no qual seu personagem precisa comprar uma “skin” para ser aceito na comunidade.

 Como você vê o futuro?

Imagino que todos nós vamos usar óculos de realidade aumentada, mas antes precisamos fazer esses óculos serem acessíveis ao mundo, e também desenvolver um bom design para eles. Eles precisam ter estilo, hoje em dia todos são muito feios, com um aspecto nerd tecnológico, ninguém os usaria! Se tivessem um formato agradável, as pessoas não teriam vergonha de usá-los nas ruas. Assim que atingirmos isso, será toda uma nova dimensão. Acho que o objetivo final é não ter mais um celular. Espero também que um dia possamos usar somente um macacão que fosse modificado virtualmente pela realidade aumentada com roupas digitais.