Questions for: Chiara Gadaleta (Portal Ecoera)

Fashion consultant and stylist Chiara Gadaleta transformed the Ecoera project into not only the leading sustainable fashion award in Brazil, but also  a consulting service that helps major labels to produce more fairly and consciously.

 How would you best describe the Ecoera project?

A bridge that connects sustainability to fashion and design.  

How did you first come across sustainable fashion?

It was over eleven years ago… For me, fashion has always been an ambassador of its time, and at that time it was disconnected from environmental issues and people’s concerns. So I decided to use my voice to talk about the New Era of Fashion, Ecoera [the Ecoera award was launched in 2015].  

Where do you find your inspiration?

At the moment, I am reading about the more technical aspects of sustainability, like the water footprint and the decarbonization of the economy, but what really touches my heart are the true stories behind the clothes we wear. When I talk to seamstresses, weavers and artisans across Brazil, I feel more connected to a more authentic fashion.

 Where do you buy your clothes?

I actually buy very little and quite consciously. That’s always been the case, really. Today, my wardrobe is made up of labels that I have worked with on some environmental or social project, that somehow demonstrate that they are committed to minimizing their impacts. I also have items I pick up in vintage shops around the world. I love traveling, going to vintage shops and f inding items that teach and tell interesting stories.

 What do you take into account when you curate Ecoera?

Today, we work on three fronts: The Ecoera Program, an environmental and social consulting service for major fashion and design labels, the Ecoera Web Portal [portalecoera.com.br], which showcases labels, projects and initiatives with a positive impact, and the Ecoera Award, which celebrates companies that are a genuine part of the change.  

What are your main influences?

I have some dear friends who inspire me a lot. Marie Rucki [director of the reputable Berçot fashion studio, in Paris] was instrumental in the development of my style and my way of approaching fashion. Denise Chaer [founder of the Novos Urbanos Social Innovation Laboratory, a Brazilian cross-sectoral dialogue platform] showed me how I could use fashion for the good of the planet and Ricardo Guimarães [a consultant specializing in branding] made me see that my mission was to spread sustainability.

 Where do you refresh your outlook?

On trips that I make periodically to the Amazon.  

What’s your proudest accomplishment?

These days I consider all my achievements as shared blessings. I’ve got two children who are great human beings. I use my voice to spread what my heart says. I’m very grateful. My next idea is to set up projects that use fashion to help in the education of children, who will be tomorrow’s consumers. I’ve already started giving lectures at schools to promote dialogue and an exchange of ideas on conscious consumption.  

How do you imagine the future of sustainable fashion?

We need to look to the circular economy and avoid unnecessary waste.  

What will sustainable consumption be like in five years’ time?

We are undergoing a major transformation. It’s difficult to predict what will happen five years from now. I’d like to believe that in two years’ time a good deal of fashion consumption will be associated with environmental and social projects, for example.


A consultora de moda e stylist Chiara Gadaleta transformou o projeto Ecoera não só no prêmio de moda sustentável mais importante do Brasil, mas também numa consultoria que ajuda grandes marcas  a produzirem de forma mais justa e consciente.

Qual é a melhor definição para o projeto Ecoera, na sua opinião?

Uma ponte que liga a sustentabilidade à moda e ao design.  

Qual foi seu primeiro contato com a moda sustentável?

Foi há mais de onze anos… Para mim, a moda sempre foi um repórter do seu tempo, e naquele momento estava desconectada das questões ligadas ao meio ambiente ou ao anseio das pessoas. A partir daí, resolvi que iria usar a minha voz para falar sobre a Nova Era da Moda, a Ecoera.  

Onde você busca inspiração?

Atualmente, leio muito sobre aspectos mais técnicos da sustentabilidade, como pegada hídrica e descarbonização da economia, mas o que realmente toca meu coração são as histórias por trás das roupas que vestimos. Quando converso com costureiras, crocheteiras e artesãos por esse Brasil afora, me sinto conectada com uma moda mais real.  

Onde você compra suas roupas?

Compro pouco e com bastante consciência. Sempre foi assim, na verdade. Hoje, meu armário é composto por marcas com as quais trabalho em algum projeto socioambiental, que mostram que estão engajadas em minimizar seus impactos. Além de peças garimpadas em brechós pelo mundo.  

O que leva em conta quando faz a curadoria do Ecoera?

Hoje atuamos em três frentes, ou “Ps”: Programa Ecoera (desde 2015), uma consultoria socioambiental para grandes marcas de moda e design, Portal Ecoera (portalecoera.com.br, desde 2017), que reverbera marcas, projetos e iniciativas de impacto positivo, e o Prêmio Ecoera (desde 2015), que celebra empresas que estão de fato fazendo parte da mudança.  

Quais são suas principais influências?

Tenho amigos queridos que me inspiram muito. A Marie Rucki [diretora do conceituado Studio Berçot de moda, em Paris] foi uma pessoa fundamental na construção do meu estilo e da minha maneira de ver a moda. A Denise Chaer [fundadora do Novos Urbanos Laboratório de Inovação Social, uma plataforma de diálogo intersetorial] me mostrou como poderia usar a moda a favor do planeta, e o Ricardo Guimarães [consultor especialista em branding] me fez ver que a minha missão era de espalhar a sustentabilidade.  

Onde renova o olhar?

Em viagens que faço periodicamente para  a Amazônia.

Qual é a conquista da qual você mais se orgulha?

Tenho dois filhos que são seres humanos muito legais. Uso a minha voz para espalhar o que meu coração diz. Sou muito agradecida. A minha próxima etapa é realizar projetos que usam a moda para ajudar na educação de crianças, os consumidores do amanhã. Comecei a dar palestras em escolas para promover o diálogo e a troca sobre consumo consciente. 

Como você imagina o futuro da moda sustentável?

Precisamos olhar para a economia circular e evitar o descarte desnecessário.

 Onde estará o consumo sustentável em cinco anos?

Acho difícil prever qualquer coisa para os próximos cinco anos. Gostaria de pensar que em dois anos poderíamos ter boa parte do consumo de moda atrelado a um projeto socioambiental, por exemplo.

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