Creative Space: Africa Risen

BY / POR ISABELA PÉTALA

A collective that promotes the culture of the African diaspora, BSAM Brasil is a digital hub of intellectuals and creatives focusing on collaboration as an alternative to the mainstream market.

Founded in 2015 in the United States, the Black Speculative Arts Movement is a global digital community of intellectuals, creatives and artists from Africa and the African diaspora who seek to present, promote and support speculative imagination centered on human beings to boost threads of original thinking that aims for an inclusive society in the future. The project was born from dr. Reynaldo Anderson, dr. John Jennings and Sheree Renée Thomas, great conceptualists of the Black Speculative Movements along with UNESCO and the United Nations (UN).

The community got to Brazil in 2021, when one of the founders invited Zaika dos Santos to participate in the movement. She, who is the founder and CEO of the company Afrofuturismo Arte & STEM, contributes with her knowledge about artificial intelligence, NFT, Web 3.0, among other things. The national branch of BSAM is also managed by vicecoordinator Guilherme Xavier, invited due to his academic and professional contributions.

“Currently, the community has two hundred Afro-descendant and Afroindigenous members from all regions of Brazil, including LGBTQIAPN+ people, cis women, cis men, PwD, with different authorial productions. It is organized into seven production and interest focus groups, among which members are distributed. They are writing and literature, visual and digital arts, fashion, technology, research, music, and interdisciplinary studies,” explains Zaika. Participants create national and international projects, and have a strong presence in the digital environment.

One of the highlighted works is the production and execution of an inperson (and unprecedented) NFT runway show at Brazil’s Immersive Fashion Week (BRIFW), in November 2022, in addition to a panel and a musical performance. Between January and May 2023, members also participated in the exhibition Fall of the Weimar Republic: Dancing on the Precipice, held at Carnegie Hall in New York, focused on revisiting the creative burst of artists between the wars, in 1919-33.

For 2024 and the years to come, Zaika states that BSAM has several projects planned, in addition to a desire to expand members in Brazil, with calls for new focus groups. “It’s a great space of welcome and affection. It is in [organizing a] community that we can look at ourselves differently than the way the cultural market that is not founded on diversity does, where we see ourselves as eternally competing,” he says.

“Breaking the hegemonic logic and building a safe space so that we can then focus our time on our individual or collective production and, subsequently, democratizing society is fundamental,” she says, reinforcing transparency and mutual support as fundamental pillars for this creative perspective. “We will not be co-opted by production systems that do not interest us or that violate us; we do not make interventions in each other’s individual or collective creative processes. Only in this way can we create a dynamic of collective circulation.”


África em ascensão

Braço de um coletivo de fomentação da cultura negra de diáspora africana, a BSAM Brasil é um polo digital de intelectuais e criativos que foca na colaboração como alternativa ao mercado hegemônico. 

Fundada em 2015, nos Estados Unidos, a Black Speculative Arts Movement (Movimento das Artes Especulativas Negras) é uma comunidade digital global de intelectuais, criativos e artistas da África e da diáspora africana que procura apresentar, promover e apoiar a imaginação especulativa centrada no ser humano para catalisar correntes de novos pensamentos que almejam uma sociedade inclusiva no futuro. O projeto nasceu por intermédio de dr. Reynaldo Anderson, dr. John Jennings e Sheree Renée Thomas, grandes conceitualistas do Movimentos de Especulação Negra em articulações com a UNESCO e a Organização das Nações Unidas (ONU).  

A comunidade chegou ao Brasil em 2021, quando um dos fundadores convidou Zaika dos Santos para participar do movimento. Ela, que é fundadora e CEO da empresa Afrofuturismo Arte & STEM, colabora com seu conhecimento sobre inteligência artificial, NFT, Web 3.0, entre outros. O braço nacional da BSAM também é gerido pelo vice-coordenador Guilherme Xavier, convidado devido a sua contribuição acadêmica e profissional.

“Atualmente, a comunidade conta com duzentos membros afrodescendentes e afroindígenas de todas as regiões do Brasil, sendo pessoas LGBTQIAPN+, mulheres cis, homens cis, PCDs, com produções autorais diversas. Ela se organiza por meio de sete grupos focais de produção e interesse, dentre os quais os membros se distribuem. São de escrita e literatura, artes visuais e digitais, moda, tecnologia, pesquisa, música, e interdisciplinares”, explica Zaika. Os participantes criam projetos nacionais e internacionais, além de ter forte atuação no meio digital.

Entre os trabalhos de destaque está a produção e execução de um desfile presencial (e inédito) de NFTs na Brazil Immersive Fashion Week (BRIFW), em novembro de 2022, além de um bate-papo e uma apresentação musical. Entre janeiro de 2023 e maio de 2024, os membros também participam da exposição Fall of the Weimar Republic: Dancing on the Precipice, que acontece no Carnegie Hall, em Nova York, focada em revisitar a explosão criativa de artistas no entre guerras de 1919-1933.

Para este ano, e os que estão por vir, Zaika afirma que a BSAM conta com diversos projetos programados, além da vontade de expandir os membros no país com convocatórias para novos grupos focais. “É um grande espaço de acolhimento e afeto. É na [organização de uma] comunidade que podemos nos olhar diferente do que o mercado cultural não estabelecido pela diversidade quer dizer para nós, onde nós nos enxergamos como eternos concorrentes”, diz.

“Quebrar a lógica hegemônica e construir um local seguro para, então, poder estabelecer o nosso foco de tempo para a nossa produção individual ou coletiva e, posteriormente, democratizar com a sociedade é fundamental”, diz ela, que reforça a transparência e o apoio mútuo como pilares fundamentais dessa perspectiva criativa. “Não somos cooptados por sistemas de produção que não nos interessam ou nos violentam, não fazemos abordagens de intervenção no processo criativo individual ou coletivo uns dos outros. Só assim conseguimos criar uma dinâmica de circulação coletiva.”
Em um país onde apenas 4% do lixo é reciclado, a RatoRói se firma como uma das empresas pioneiras no reaproveitamento de materiais para os mais diversos fins: desde óculos de sol até revestimentos para construção civil.

Previous
Previous

Short Story: Fragmental

Next
Next

Questions for: Ale Santos