Proposta Criativa: Moss & Nude

Para este Proposta Criativa, apresentamos a Moss e a Nude, duas empresas inovadoras que, através da tecnologia e da criatividade, mostram que é, sim, possível empreender de forma sustentável. Com a Moss, a primeira plataforma de carbono do mundo, aprendemos mais sobre o conceito de neutralização de pegadas de carbono e o que NFTs e Amazônia têm em comum. Já com a Nude, criadora do primeiro leite vegetal carbono neutro do mercado brasileiro, falamos sobre veganismo e o papel da indústria alimentícia na preservação do meio ambiente. Confira a seguir:

Moss

Quando empreendedorismo, propósito e tecnologia se unem à criatividade, o resultado só pode ser incrível. Fundada em 2020 por Luis Adaime, a Moss se autointitula uma climatech, ou seja, uma empresa de tecnologia que emprega suas soluções a serviço do meio ambiente e da promoção, preservação e renovação de áreas florestais na Amazônia. Em outras palavras, a Moss funciona como intermediária entre os projetos de preservação das florestas e empresas ou pessoas físicas para neutralização de pegadas de carbono.

Lendo assim, até parece ficção científica, mas a proposta da empresa é exatamente o contrário, a ideia é, por meio de soluções simples, tecnológicas e democráticas, combater a crise climática e apoiar o desenvolvimento da bioeconomia no Brasil. Através da plataforma da Moss que, de 2020 para cá, já se tornou a maior plataforma de carbono do mundo, empresas e pessoas físicas podem compensar a pegada de carbono de suas atividades de forma segura e transparente. 

Tudo começa com o cálculo das emissões de gases de efeito estufa das atividades da empresa (ou indivíduo) tais como uso de ar-condicionado, viagens, transporte, consumo de energia elétrica, entre outros. É a partir deste inventário que é calculada a quantidade de créditos de carbono necessária para neutralizar o impacto. Cada token emitido pela Moss equivale a um crédito de carbono, ou seja, uma tonelada de CO2 que deixa de ser emitida na atmosfera. Portanto, a compra de créditos de carbono destina a verba para projetos de preservação e reflorestamento, ajudando também a combater o desmatamento e degradação de florestas.

Além da emissão de créditos de carbono, a Moss é responsável também pelo projeto NFT Amazônia, uma iniciativa inédita que permite aos interessados contribuírem com a manutenção do bioma da floresta amazônica. Os compradores do NFT passam, então, a serem titulares do correspondente a um hectare de terra (equivalente a um campo de futebol) da região amazônica e recebem um certificado digital criptografado que atesta a autenticidade das áreas florestais, tornando-as passíveis de conservação eficaz e tendo a Moss como guardiã responsável pela conservação de cada área.

Com mais de 300 empresas atendidas e R$150 milhões destinados a projetos de conservação da Amazônia, a Moss mostra que ainda existe esperança na luta por reverter os danos que a humanidade vem causando ao planeta ao longo dos séculos. Segundo especialistas, até 2050 é necessário reduzir pela metade as emissões de gases do efeito estufa (GEE) para que os danos ainda possam ser revertidos. Para tanto, é necessário que a mudança aconteça também nas ações individuais do dia a dia. 

Como ressalta o CTO da Moss, Renan Kruger, “a preocupação crescente da sociedade em relação às mudanças climáticas tem influenciado diretamente não apenas os rumos de empresas dos mais variados setores em todo o mundo, mas também o comportamento das pessoas em relação ao consumo consciente - seja de produtos ou serviços, seja de recursos naturais.” A mudança de hábitos é urgente e começa agora.

Porta-voz: Renan Kruger, Chief Technology Officer (CTO) da Moss

Nude

É com muita tecnologia, produtos de qualidade, preocupação genuína com sustentabilidade e uma pitada de bom-humor que a Nude vem conquistando fãs com seus produtos veganos feitos à base de aveia. Brasileira, 100% plant based e liderada por mulheres, a marca surgiu em 2020 com a missão de “tornar simples, saborosa e consciente a decisão de consumir alternativas vegetais, buscando assim ajudar a sociedade na transição para uma economia de baixo carbono.”

A ideia surgiu durante uma temporada que as fundadoras passaram em Berlim, na Alemanha, onde, além de se apaixonarem pelo capuccino feito com leite de aveia, perceberam a urgência da pauta de sustentabilidade na alimentação e a crescente demanda por leites vegetais. Desde então, a foodtech - termo usado para as empresas que levam soluções tecnológicas para o setor de alimentação - vem desenvolvendo uma série de produtos que unem sabor, tecnologia e sustentabilidade, como é o caso do primeiro leite vegetal carbono neutro do mercado.

O uso da tecnologia aparece tanto no rastreamento e na neutralização das pegadas de carbono geradas pela operação da empresa, quanto no desenvolvimento de seus produtos. No lugar de aromatizantes artificiais, por exemplo, a Nude utiliza enzimas para criar sabores específicos de forma natural. Em outras palavras, é a tecnologia sendo usada para oferecer uma alimentação saudável para os consumidores com o mínimo de impacto para o planeta.

E, falando em alimentação, a Nude chama atenção para o fato de que o sistema alimentar representa um terço das emissões globais de gases de efeito estufa, sendo o Brasil o 6º no ranking de países que mais emitem. Por isso, a marca tem se engajado cada vez mais em trazer as discussões climáticas para a mesa. Através de campanhas como a #MostreSuaPegada, lançada recentemente com o objetivo de fazer do consumidor um participante ativo da discussão pedindo para outras empresas mostrarem seus números de pegadas de carbono, a Nude se coloca como protagonista na busca por mudanças.

“Hoje nós nos comprometemos com a logística reversa dos produtos, escolhemos parceiros que fazem reaproveitamento de resíduos da produção e o objetivo agora é avançar para conseguir reduzir as emissões da cadeia de fornecimento, a começar pela lavoura, que responde por 45% das emissões,” afirma a CEO, Giovanna Appel.

Já quando o assunto é veganismo, a empresa fala muito sobre a importância das mudanças de hábitos e se posiciona como uma marca feita para “veganos, não veganos, flexitarianos e para todo mundo que está tentando”. Para elas, o veganismo é também uma escolha política e social com impactos de larga escala para o meio ambiente, uma vez que, diminuir o consumo de produtos de origem animal se torna uma forma de lutar por uma sociedade igualitária. Vale a pena conferir o relatório de sustentabilidade da marca no site em heynude.com.br e provar os vários sabores de leite de aveia, claro!

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